Tawakkul Karman, activista pela paz na “Primavera Árabe”

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Karman num protesto a 10 de Fevereiro deste ano Khaled Abdullah/Reuters

Karman, 32 anos e mãe de três crianças, tornou-se uma figura emblemática do levantamento popular contra Ali Abdullah Saleh, Presidente do Iémen, país conservador onde as mulheres são relegadas para segundo plano nas actividades políticas.

Em Janeiro, esta jornalista foi uma das principais promotoras das manifestações de estudantes que iniciaram um movimento de protesto que, mais tarde, acabaria por envolver partidos políticos. Karman acabou por ser detida no final de Janeiro por causa do seu papel de liderança nas manifestações.

Em 2005 fundou o grupo “Women Journalists Without Chains” para defender a liberdade de expressão e de protesto.

"Este prémio é uma vitória para a revolução e para o carácter pacífico desta revolução", disse Karman à AFP, que a encontrou na Praça da Mudança de Sanaa, a capital iemenita, onde os manifestantes acampam desde Fevereiro. "A atribuição deste prémio é também um reconhecimento da comunidade internacional da nossa revolução e da sua vitória inevitável."

Em declarações às televisões Al-Arabiyah e Al-Jazira, Karman já tinha dedicado o Nobel aos activistas da Primavera Árabe. "Trata-se de uma honra para os árabes, os muçulmanos e as mulheres. Estou muito feliz, não esperava receber este prémio nem sequer sabia que a minha candidatura tinha colocada."

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