Suzuki quer terminar aliança com a Volkswagen

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Osamu Suzuki (à direita) já anunciara o corte de relações com a administração da Volkswagen Eriko Sugita/Reuters

Em comunicado divulgado esta segunda-feira pela Tokyo Stock Exchange (TSE), a praça bolsista japonesa, a Suzuki anuncia que pediu à Volkswagen para vender a sua quota de 19,9% na empresa nipónica.

No âmbito deste processo de dissolução da aliança, também a Suzuki, que alega que a parceira nunca chegou a originar projectos conjuntos de relevo, venderia a sua participação de 1,49% na congénere germânica.

De acordo com a agência Bloomberg, a Volkswagen já comunicou, através do seu porta-voz, Michael Brendel, que não tem qualquer intenção de alienar ou reduzir a sua participação na fabricante asiática, e que está disposta a sentar-se à mesa com os executivos da Suzuki para debater o assunto.

O acordo entre as duas fabricantes de carros foi firmado em Dezembro de 2009, com a empresa sediada em Wolfsburg, na Alemanha, a adquirir 19,9% da empresa nipónica por 2,9 mil milhões de dólares (cerca de 2,13 mil milhões de euros). O objectivo era o de facilitar a entrada da Volkswagen no mercado indiano de carros pequenos, aproveitando a posição de liderança da Suzuki naquele país.

No entanto, a parceria tem vindo a deteriorar-se nos últimos meses, sobretudo depois de, em Junho, a Suzuki ter encomendado motores diesel à italiana Fiat. Este negócio foi, ontem, considerado pela Volkswagen uma violação do contrato que mantém com a Suzuki desde 2009. A acusação, embora já tenha sido negada pela empresa nipónica, será outro dos motivos na origem do pedido de dissolução da aliança por parte da Suzuki.

Mas as divergências entre as duas administrações foram expostas alguns meses antes, quando, no relatório anual de 2010, divulgado em Março e citado pelo jornal britânico Financial Times , a Volkswagen apelidou a sua parceira japonesa de “associada”, cujas “decisões financeiras e operacionais” poderia “influenciar significativamente” .

As palavras foram mal recebidas no interior da Suzuki, que considerou que a parceira germânica diminuiu a sua posição na relação entre ambas. O incidente levou o presidente, Osamu Suzuki, a anunciar, na altura, o corte de relações entre as duas administrações.

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