“Nós temos um texto preparado, mas gostaríamos de o consensualizar com todos”, declarou Paulo Portas aos jornalistas, na Universidade Católica, onde hoje se realiza uma homenagem a Francisco Sá Carneiro e a Adelino Amaro da Costa, organizada em conjunto pelo PSD e pelo CDS-PP.

Questionado sobre esta intenção do CDS-PP de constituir uma nova comissão de inquérito parlamentar, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, declarou: “Em princípio, durante a próxima semana tomaremos uma decisão sobre essa matéria, mas será, com certeza, uma decisão consensual entre os partidos”.

Em defesa de uma nova comissão de inquérito à queda do avião Cessna sobre Camarate no dia 4 de Dezembro de 1980, Paulo Portas referiu que a última comissão “deu passos em frente, que o próprio Ministério Público reconhece como novos indícios ou suspeitas”, mas que este não pode investigar, “nos termos dos prazos de prescrição”.

“As normas penais podem prescrever, a procura da verdade não prescreve. Por isso, eu considero desejável que os trabalhos da 8.ª comissão de inquérito ao desastre de Camarate sejam continuados”, acrescentou.

Está em causa apurar as circunstâncias da morte de um primeiro-ministro, Sá Carneiro, e de um ministro da Defesa, Amaro da Costa, assinalou o presidente do CDS-PP.