Vulcões no Equador e na Guatemala obrigam à retirada de milhares de pessoas

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A actividade do vulcão Tugurahua, no Equador, já começou a baixar Carlos Campana/Reuters

Na Guatemala, o vulcão Pacaya entrou também numa segunda fase de erupção, com explosões e colunas de cinza que atingiram os 1500 metros de altura e obrigaram a manter o aeroporto encerrado.

O vulcão Tugurahua, que fica a 135 quilómetros da capital do Equador, Quito, entrou ontem à tarde em actividade após uma “grande explosão” que resultou na projecção de lava e cinzas que ultrapassou os 10 mil a 12 mil metros de altitude, contou à AFP o director do Instituto de Geofísica local, Hugo Yepez.

O aeroporto e as escolas daquela cidade portuária, com 2,5 milhões de habitantes, foram encerrados e pelo menos sete localidades da região, onde vivem cerca de 500 famílias, foram evacuadas. Não houve, no entanto, notícia de vítimas, e esta manhã as autoridades anunciaram que a actividade vulcânica começou a baixar.

Alguns voos foram deslocados para Quito para não alcançarem a zona afectada pela nuvem de cinzas e também chegou a ser alterada a rota dos aviões proveniente de Lima para a capital do Equador.

Na Guatemala, no entanto, a erupção do vulcão Pacaya causou pelo menos dois mortos e três desaparecidos nas regiões afectadas, adiantou a AFP. Foi decretado o estado de emergência em três departamentos – Escuintla, Guatemala e Sacatepéquez – e o Presidente Álvaro Colón anunciou em conferência de imprensa que a erupção causou a morte do jornalista do Canal 7 Aníbal Archila, que estava a acompanhar a catástrofe, e que três crianças de 7, 9 e 10 anos estavam ainda desaparecidas, adiantou a AFP. Depois disso foi ainda anunciada a morte de um homem de 22 anos.

Pelo menos 67 pessoas ficaram feridas, sobretudo com queimaduras, adiantou o diário espanhol "El País". Cerca de 1600 pessoas foram retiradas para locais mais seguros e o aeroporto La Aurora, na capital, deverá manter-se fechado até hoje à noite.

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