Mais de meio milhar de alunos manifestaram-se contra politica educativa do Governo

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Os estudantes empunharam hoje cartazes com palavras de ordem Miguel Manso

As palavras de ordem gritadas pela manhã denunciavam a questão do estatuto do aluno e a renúncia, por parte dos conselhos directivos, a uma atitude mais participativa, reclamada pelos alunos, no que toca às questões internas das escolas. Também o regime de faltas, a educação sexual que continua a não ser disponibilizada e os exames nacionais, que segundo os manifestantes quebram a prática da avaliação contínua, foram alvo de críticas pelos manifestantes.

Ao início da tarde, na rotunda do Marquês de Pombal, meio milhar de alunos provenientes das várias faculdades do país, rumaram à Assembleia da República numa frente dirigida pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD) e Faculdade de ciências sociais e humanas da Universidade de Lisboa.

O presidente da associação de estudantes da ESAD referiu que “Bolonha é demagógico” e que o governo tem feito um “desinvestimento” no ensino superior desde 2005. Este problema está alegadamente encoberto pelo aumento em 100 milhões de euros, do orçamento de estado destinado ao ensino superior que não é proporcionado face à inflação, despesas com a Caixa Geral de Aposentações e o crescimento do número de estudantes inscritos no ensino superior entre 2005 e 2009, o que se traduz num saldo de investimento 30% abaixo dos valores de 2005.

De forma generalizada, os vários núcleos estudantis manifestaram-se contra a possibilidade de privatização do ensino superior, reclamaram um ensino superior gratuito e o fim do regime de Bolonha.

De caminho à assembleia, os estudantes assobiaram em massa frente à sede do Partido Socialista e receberam aplausos de incentivo de dirigentes do Bloco de Esquerda que estavam no alpendre da sua sede.

No final as palavras de ordem foram, “A luta continua, voltaremos para a rua”.

Notícia substituída às 19h49
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