Santos Ferreira, que falava a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre, explicou que as necessidades de financiamento de meio-termo do BCP para 2009, 2010 e 2011 ascendem a 10,6 mil milhões de euros.

E revelou que, entre emissões realizadas e activos disponíveis para descontar junto do BCE (no total de sete mil milhões de euros) e a parcela que ainda pode emitir com a garantia do Estado (3,5 mil milhões de euros), o banco conta com um total de 13 mil milhões de euros.

Santos Ferreira reafirmou que o BCP deverá avançar ainda este semestre com uma emissão de dívida perpétua subordinada até 1,2 mil milhões de euros.

Sem querer adiantar ao certo o montante, o presidente do BCP referiu estar “mais próximo de 1,2 mil milhões do que de 500 milhões” de euros.

Segundo o banqueiro, apenas uma "parte simbólica" da emissão, entre 20 a 30 por cento, será disponibilizada na rede de balcões do BCP. “Apenas para que não se diga que foi totalmente reservada a institucionais”, acrescentou.

Com a emissão destes títulos, que podem ser contabilizados para efeitos do Tier 1, o BCP quer “chegar ao fim do primeiro semestre” com um rácio de fundos próprios igual ou superior a oito por cento (encontra-se actualmente nos 6,8 por cento).