Presidente interino da Guiné-Bissau visitou a Líbia

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Raimundo Pereira LUC GNAGO/Reuters

Raimundo Pereira, que era presidente da Assembleia Nacional Popular e vice-presidente do PAIGC à data do assassínio do Presidente João Bernardo Vieira, no dia 2 de Março, declarou - segundo fontes oficiais líbias disseram ontem à agência noticiosa PANA - que a Guiné-Bissau deseja "beneficiar dos conselhos de Khadafi durante o período de transição".

O visitante aproveitou a deslocação a Tripoli para reiterar o apoio das autoridades guineenses aos "esforços de Kadhafi para completar as instituições da União Africana e apressar a transformação da Comissão da UA numa autoridade federal, bem como para se formar um Governo federal".

Ainda de acordo com a agência panafricana, Raimundo Pereira - que nesta deslocação ao estrangeiro também incluiu o Burkina Faso - "sublinhou a fé da Guiné-Bissau na formação dos Estados Unidos da África, como forma de retirar o continente do seu atraso".

Enquanto isto, em Bissau, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior defendeu a aprovação de "medidas preventivas urgentes" para resgatar o seu país da instabilidade cíclica que está a afectar seriamente o funcionamento das instituições e a agravar a já de si muito difícil situação social e económica.

Carlos Gomes Júnior, que pretende candidatar-se à presidência da República, como líder do PAIGC, reconheceu que a Guiné-Bissau "está ainda longe de encontrar a tão desejada e urgente estabilidade, tendo a lei da violência voltado a impôr-se a todos os níveis". E anteriormente, em entrevista à Voz da América, já reconhecera a necessidade de se alargar o prazo constitucional de 60 dias para a realização de eleições presidenciais.

O próprio Kadhafi dissera a semana passada no aeroporto internacional de Bissalanca, que serve Bissau, parecer-lhe irrealista a escolha de um novo chefe de Estado uns meros dois meses após a vacatura do cargo.

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