Ângelo Correia apoia Passos Coelho para liderar PSD

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Para Ângelo Correia, é mau o PSD ter tido sete líderes em 13 anos Fernando Veludo/Nfactos

Falando num jantar que juntou, em Santarém, cerca de 400 apoiantes de Pedro Passos Coelho, Ângelo Correia justificou a sua presença ao lado do candidato à liderança do PSD por “saber o que dele pode esperar”, por ter “carácter”.

“O Pedro não é bom rapaz, o que até é depreciativo, é bom carácter, tem escolhas, tem opções”, disse, acrescentando que o País está “farto de quem encena, faz espectáculo político e faz o contrário do que disse”.

Para Ângelo Correia, o facto de o PSD ter tido sete líderes em 13 anos “é mau, é errado”, é “sintoma de crise, sinal de doença”. Por isso apelou a que o partido escolha desta vez “um líder para muitos anos”, com a “juventude e maturidade” que reconhece a Passos Coelho.

No seu entender, a “debilidade” do PSD vem do facto de ter deixado de ouvir o País e ter-se discutido apenas a si próprio, o que levará a que os portugueses rejeitem uma liderança que “reflicta as lutas do passado”.

Cavaco era mais novo...

“O País só olhará para o partido doutra maneira se houver um novo líder, um rosto novo, uma janela aberta sobre o País, que deixe entrar uma lufada de ar fresco. Senão continuará o mofo, o bafio, o mesmo do passado”, afirmou. Segundo disse, a mudança em Portugal “não se fará com os do costume” e “cada pessoa tem o seu tempo”.

“Hoje vim aqui dizer que apoio Pedro Passos Coelho também pela sua juventude”, afirmou, lembrando o candidato que o actual presidente da República, Cavaco Silva, era mais novo quando foi ministro das Finanças. Para Ângelo Correia, o facto de Passos Coelho estar numa classe política “sem fazer parte dela” é “uma enorme vantagem”.

Passos Coelho pediu aos militantes que, perante os quatro candidatos em disputa no sábado, decidam “fechar um ciclo importante” que teve o seu momento mais alto com Cavaco Silva e o mais baixo “quando Pedro Santana Lopes perdeu as eleições”.

No seu entender, o facto de não ter pertencido a nenhum Governo pode ser “um trunfo” no debate com o actual primeiro-ministro, por não ter de justificar o passado e poder obrigar José Sócrates a “explicar-se no presente”.