MAI adia compra de aviões pesados

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Carlos Lopes (arquivo)

"De acordo com o estudo da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que mereceu pareceres favoráveis do secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, e do subsecretário de Estado da Administração Interna, Rocha Andrade, o dispositivo de combate a incêndios deverá contar com cinquenta e seis meios aéreos em 2008", refere o comunicado de imprensa divulgado hoje pelo MAI.

Os cinquenta e seis meios aéreos consistem, adianta o documento, em dois aerotanques anfíbios pesados, seis helibombardeiros pesados, oito aerotanquesligeiros, seis aerotanques médios e 34 helicópteros médios ou ligeiros. O ministério sublinha que o conjunto de meios representa um reforço da capacidade existente em 2007, que se ficava pelos 51. Porém, os meios disponiveis não são os mesmos do ano passado. Em 2007 existiam, por exemplo, quatro aerotanques anfíbios pesados.

Segundo o comunicado, "o parecer concluiu que os seis helicópteros pesados (Kamov), de que a EMA (Empresa de Meios Aéreos) dispõe, têm capacidade para substituir aviões pesados no combate a incêndios florestais". O MAI justifica, desta forma, a decisão de não abrir este ano o concurso para aquisição de aviões. "A melhor decisão em termos de racionalização de meios", referem, acrescentando que "para além dos helicópteros da frota própria da EMA, os restantes meios aéreos disponíveis em 2008 são alugados, como sempre tem sucedido".

A decisão do MAI acaba por contrariar as expectativas do presidente da EMA, Rogério Pinheiro, que no início deste mês afirmou estar confiante na "luz verde" do Ministério das Finanças para a autorização da despesa de aquisição dos dois aviões pesados.

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