Fonte judicial disse à Lusa que o interrogatório ao suspeito terminou ao final da tarde no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

De acordo com a Polícia Judiciária, o homem, de 30 anos, residente em Ermesinde, é um antigo colega de trabalho da vítima, estando agora desempregado. O indivíduo não tem antecedentes criminais, adianta ainda a polícia em comunicado.

O vigilante de 46 anos, residente na Maia, foi agredido e esfaqueado entre as 02h00 e as 03h00 de quinta-feira, tendo o seu corpo sido descoberto de manhã, pelo colega que o ia substituir no turno. Além da morte da vítima, foram ainda roubados os aparelhos de gravação de imagens do sistema de vídeo vigilância, oito pequenos cofres e a gaveta de uma máquina registadora, contendo, no total, mais de 4300 euros.

"Os factos ocorreram no parque de estacionamento onde o presumível autor exercera funções de vigilante, tendo aproveitado a circunstância de ser conhecido da vítima para, mais facilmente, devido às relações de confiança existentes, a agredir mortalmente com uma faca", refere o comunicado da Judiciária.

Após o homicídio, e depois de levar a vítima para a casa de banho do parque de estacionamento, o suspeito "apoderou-se dos valores que sabia existirem naquele local e tentou eliminar todos os vestígios que o incriminassem", escreve ainda a polícia

. Apesar de ter levado os aparelhos de gravação de imagens do sistema de vídeo vigilância do parque de estacionamento, o suspeito desconhecia a existência de uma outra forma de captação de imagens, através da máquina de pagamento automático. Foram essas imagens que permitiram à PJ identificá-lo.

A Judiciária recuperou o montante roubado, bem como outros objectos retirados pelo arguido.