"O Bom Alemão" faz-se da coabitação nada pacífica destes dois corpos, e dois estilos de interpretação, o de Blanchett a caminhar seriamente para o "pastiche" e o de Clooney interiorizado e até auto-irónico (com aquela espécie de incredulidade que estava nos actores de cinema clássico americano). Portanto, esta experiência de Soderbergh tanto tem de exercício de estilo virtuoso, e um tudo nada infértil, como nos mergulha num cenário e num tempo de agonia moral profunda - o passado, mas muito obviamente este presente. Já não é pouco um filme abrir-se assim à contradição
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