"O problema foi um erro na retirada de informação e no envio de informação a mais", afirmou a directora do departamento jurídico da PT, Isabel Sequeira, durante uma audição na comissão eventual de inquérito parlamentar sobre o caso do envelope 9.

O inquérito parlamentar foi proposto pelo Bloco de Esquerda depois da divulgação do caso do envelope 9, um documento apenso ao processo Casa Pia que incluía — para além da informação pedida à PT sobre a facturação detalhada do antigo deputado socialista Paulo Pedroso — uma lista com 208 outros números de telefones privados de pessoas não relacionadas com a investigação.

Na audição, Isabel Sequeira admitiu que a PT forneceu "bastante informação a mais" do que a que tinha sido solicitada pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, assegurando, contudo, que tal "não foi intencional".

"A PT não tinha consciência de que estava a fornecer informação a mais do que a solicitada", disse, reconhecendo que só em Janeiro deste ano, quando o caso foi divulgado pelo jornal "24horas", é que a empresa "tomou essa consciência".