Mirandela: sentença de alegada rede de prostituição deverá ser lida hoje

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O juiz presidente do círculo judicial de Mirandela, Felizberto dos Santos, admitiu ter frequentado uma casa de alterne, após ter sido apontado "como cliente com privilégios" dos estabelecimentos de Alfredo Palas, o principal arguido do processo.

O Conselho Superior da Magistratura abriu um processo de averiguações para apurar se houve violação dos deveres estatutários, que só deverá estar concluído depois das férias judiciais.

O processo envolve um empresário, funcionários dos estabelecimentos e dois taxistas que transportavam as mulheres brasileiras exploradas na prostituição.

Nas alegações finais, o Ministério Público pediu "oito ou nove anos de prisão" para o alegado líder da rede de prostituição, por considerar ter ficado provado que Alfredo Palas - proprietário de pelo menos duas casas de alterne em Trás-os-Montes - liderava uma organização montada com os restantes sete arguidos para explorar mulheres.

O Ministério Público pediu ainda cinco anos de prisão para outro dos arguidos, Joaquim Cipriano, gerente de uma das casas de Palas, e penas suspensas para os restantes arguidos, funcionários dos estabelecimentos e dois taxistas que transportavam as mulheres, sobretudo brasileiras, dos aeroportos de Paris e Madrid para a região.

A acusação defendeu terem ficado provados os crimes de associação criminosa, lenocínio (fomento e exploração da prostituição), auxílio à imigração ilegal, sequestro e detenção de arma ilegal, os dois últimos imputados a Alfredo Palas, que confessou parte dos crimes de que é acusado.