Médicos do IPO de Coimbra começam greve às 00h00 de amanhã

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O SIM garante que são assegurados os serviços de hemodiálise e os tratamentos de foro oncológico em curso Dulce Fernandes/PÚBLICO

O pré-aviso de greve foi dado no dia 2 de Setembro pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), dando conta de uma greve de todos os serviços do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil - Centro Regional de Oncologia de Coimbra (CROC), até às 24h00 do dia 5 de Outubro.

Na base do protesto, que compreende a paralização total, estão sete razões, segundo o sindicato, entre elas o "não reconhecimento pelo Conselho de Administração" do instituto da existência de equipas médicas de urgência. Contudo, Cílio Correia, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), disse hoje que o presidente do CROC, Manuel António Silva, já reconheceu "que há urgências" neste hospital, considerando esta "a primeira conquista dos médicos do IPO de Coimbra, em resultado do pré-aviso de greve".

Outra das razões apontadas é a "não aplicação do disposto no DL 62/79, de 30 de Março, aos médicos com regime de tempo completo de 35 horas e aos médicos com horário de 42 horas em exclusividade". Os médicos queixam-se de um cáculo de remunerações "incorrecto e ilegal", nomeadamente de horas extraordinárias, de pagamento por trabalho prestado em horas incómodas e no trabalho prestado em regime de prevenção.

Além disso, o sindicato critica a "inexistência de Regulamento Interno, aprovado em Assembleia Geral, e negociado com os Sindicatos Médicos, conforme imperativo legal".

O SIM garante que "são assegurados os serviços de hemodiálise, em doentes urémicos, e os tratamentos de foro oncológico em curso, nomeadamente quimioterapia, radioterapia e respectiva ligação sob vigilância do sistema informático".