Mas Peter Mullan agarra-se bem ao verdadeiro centro do filme, que é a descrição de um universo concentracionário feminino, reminiscente de alguns dos mais interessantes filmes sobre os campos de concentração nazis. Não é tão perverso como "O Pianista", de Polanski, porque também é muito mais militante. Mas a maneira como resolve essa militância é o melhor sinal da sua inteligência: o convento não é filmado como uma aberração fundamentalista numa sociedade que o não é, mas como o local onde essa sociedade admite o seu fundamentalismo enquanto catarse expiatória - a cena com o pai de uma das miúdas, interpretado pelo próprio Mullan, é reveladora.
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