ONU no Iraque apenas no âmbito de um "plano global"
O membro do Governo de Bagdad sustenta que o regresso dos elementos da ONU "deverá fazer parte de um plano global" para que se chegue ao fim do conflito, acompanhando o trabalho dos inspectores, "a atenuação e o levantamento das sanções [ao Iraque], o respeito da soberania nacional e da indivisibilidade do país".
Aziz sublinha ainda que "a questão dos inspectores no desarmamento parece ser a prioridade absoluta [de Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas]. Mas para o Iraque, de forma clara, a questão da soberania nacional é a prioridade. O respeito pela liberdade de decisão e o levantamento das sanções são muito importantes".
Na última semana, Annan afirmou à CNN que não previa reatar o diálogo com o Governo iraquiano enquanto o país rejeitasse o regresso dos inspectores da ONU. Para o vice-primeiro-ministro iraquiano, o secretário-geral da ONU terá feito essa afirmação "sob pressão dos Estados Unidos e do Reino Unido". Porém, Aziz sublinha que a resposta por parte de Bagdad não foi negativa. "Dissemos que Annan e o Conselho de Segurança [da ONU] deveriam ter em consideração todos os aspectos do conflito iraquiano", acrescentou.
"Por que é que o Iraque deverá mostrar-se pronto para deixar regressar os inspectores para o desarmamento sem condições, quando os Estados Unidos e o Reino Unido estão decididos a atacar", questionou Aziz, indicando que "entre os inspectores encontram-se vários norte-americanos e britânicos".
Apesar da posição firme do Iraque, Washington exige o regresso dos inspectores das Nações Unidas ao país, depois de terem abandonado o território iraquiano em Dezembro de 1998 no âmbito de uma campanha de raides intensivos norte-americanos e britânicos.