Quem ousa ficcionar um campo de concentração em cinema tem sempre que confrontar-se com matrizes incontornáveis: filmes como "Inferno na Terra" (1953), de Billy Wilder, ou "A Grande Evasão (1963), de John Sturges, estabeleceram padrões e tocaram em zonas do paródico, como do trágico, que não podem ser ignoradas. "Em Defesa da Honra" tem a vantagem de não ter grandes ilusões (em "A Grande Ilusão", 1936, de Renoir encontramos a origem da representação teatral tão importante pela delimitação do espaço para a fuga, neste filme) sobre as modestas possibilidades. De um modo geral, "Hart's War" limita-se a gerir estereótipos, fazendo repousar o impacte do filme sobre a personagem do coronel de Bruce Willis, compactado de outras ficções. Há um momento em que tudo parece mudar com a humanização do militar alemão e a hipótese de aliança contra-natura deste com o "rebelde advogado de defesa", mas tudo volta à ordem reconhecível: a mera (e previsível) história de uma fuga para destruir um alvo militar importante na vizinhança do campo de concentração. Nada de novo, portanto, na frente leste.
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