Estreia de Artur Ribeiro na longa-metragem, com uma história "luso-americana": o protagonista é um jovem americano descendente de açorianos, deportado para o arquipélago na sequência de um crime pelo qual está inocente. Na terra natal, que deixou ainda criança, envolve-se numa intriga familiar alheia como modo de garantir um passaporte falso para regressar aos Estados Unidos, e vê-se dividido entre duas irmãs. "Duplo Exílio", apesar de apontado nalguns quadrantes como um "novo fôlego" para o cinema português, não ultrapassa o nível de um exercício escolar, tão correcto como comezinho. Percebe-se mal o desejo de fazer um "filme de exportação", a menos que se acredite que o facto de ser falado em inglês garanta por si só a abertura das portas internacionais; qualquer coisa vai, desde que seja anglófona? Tal como se percebe mal a insistência de projectos destes em quererem ser cinema: a "Duplo Exílio" bastava uma cena de sexo ou de nudez para poder ser um sicfilme, nem melhor nem pior do que os outros.
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