Cheias no Mondego obrigam à evacuação de moradores na zona de Coimbra

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Os habitantes de Santo Varão, Fermoselha e Pereira do Campo foram aconselhados a deixarem as suas casas Paulo Novais/Lusa

A subida do nível das águas do Mondego é esperada devido ao facto da Barragem da Aguieira ter atingido a quota máxima de enchimento e ser necessário que "toda a água que a ela afluir ter de ser descarregada", referiu o coordenador distrital da Protecção Civil de Coimbra, Paulo Palrilha, à Lusa. A zona do Laranjal, em Coimbra, está já inundada e as águas estão quase a atingir o nível máximo na margem direita junto à Ponte de Santa Clara. Na margem esquerda, junto à Ponte-Açude e na margem direita perto da ETAR o trânsito foi já cortado, segundo o subchefe da PSP-Coimbra, João França. Encerrados foram também os túneis junto à Estação de comboios Coimbra-B e o de ligação à Fernão Magalhães. A circulação ferroviária entre Figueira da Foz e Coimbra, na Linha do Norte, e no ramal da Lousã estão também interrompidas.
Este aumento do caudal do Mondego pode vir a afectar, além de Santo Varão, Fermoselha e Pereira do Campo, Ribeira de Frades e Casais do Campo.
A A1, na zona de Coimbra, foi interrompida ao trânsito devido ao rebentamento de um dique, também originado pelas águas do rio Mondego. De acordo com Fernando Lamas, do posto da Brisa da Mealhada, foram descarregadas várias toneladas de pedra para o talude, junto à localidade de Casais, para evitar que as águas arrastem mais pedras e atinja a A1. O mesmo responsável adiantou que se prevê o restabelecimento da circulação em breve.
Entretanto, no distrito de Aveiro, o governador civil veio afirmar que a situação "está controlada, embora continue difícil, devido à pluviosidade". Antero Gaspar sublinhou, no entanto, que continuam os cortes nas estradas nacionais 230, que faz a ligação de Águeda a Aveiro, a 109 em Estarreja, a 16 em Angeja, no IP5 em Cacia e na estrada municipal 224, entre Arouca e Vale de Cambra.

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