Sean Connery e Catherine Zeta-Jones como finórios ladrões num espaço, e num tempo, "hi-tech". Curiosamente, "Entrapment" é um filme "artesanal", e é essa a sua curiosidade. Ou seja, apesar de se passar à beira do fim de milénio, interessam muito menos as acrobacias técnicas (nesse aspecto o filme é pouco mais do que incipiente) e muito mais as acrobacias de acasalamento do par, que é a história clássica do cinema. Connery traz, obviamente, a aura de 007, mas também nos obriga a pensar em alguns divertimentos de Hitchcock, como "Ladrão de Casaca" ou "Intriga Internacional". Catherine Zeta-Jones é a arrivista, começa o filme como investigadora a tentar apanhar o ladrão e, afinal, acaba por querer concorrer com ele. Entre o estrelato estabelecido de Connery, que se permite olhar para tudo com imensa distância, e o esforço de afirmação de Zeta-Jones também se joga a ironia de "Entrapment" que uma vez visto logo depois se pode esquecer.
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