O Aqui e Ali do Lisboa String Trio agora é na Casa de Cerca

O trio formado em 2013 por José Peixoto, Bernardo Couto e Carlos Barretto é o nome que se segue no cartaz do ciclo Há Música na Casa da Cerca, em Almada. Este sábado, às 18h, com entrada livre. Ou no Facebook do PÚBLICO, no dia 4 de Setembro.

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Bernardo Couto, Carlos Barretto e José Peixoto: os LST, agora no cartaz de Almada DR

Depois da soul e do R&B em português de Amaura, o ciclo Há Música na Casa da Cerca, em Almada, chega ao penúltimo concerto deste ano com o Lisboa String Trio, ou LST, um trio formado em 2013 por José Peixoto, Bernardo Couto e Carlos Barretto e que já soma três álbuns: Matéria (2014), Lisboa (2016) e Aqui e Ali (2020). É este sábado, 28 de Agosto, às 18h, no Anfiteatro do Jardim Botânico. A entrada é livre, mas limitada aos 50 lugares disponíveis, respeitando as restrições ditadas pela pandemia. Como sucede desde o início do ciclo de 2021, o concerto dos LST vai ser gravado para ser transmitido posteriormente no Facebook do PÚBLICO no sábado seguinte, 4 de Setembro, às 18h.

Guitarra clássica, guitarra portuguesa e contrabaixo: assim são os LST. José Peixoto (ex-Madredeus, Cal Viva, Sal) conheceu num ensaio Bernardo Couto, que estudara guitarra portuguesa com Carlos Gonçalves, Paulo Parreira e Pedro Caldeira Cabral, e desafiou-o para um projecto conjunto, convidando depois ambos o contrabaixista Carlos Barretto, um nome firmado nos meios do jazz, para dar forma final ao que tinham em mente. Aquando do lançamento de Aqui e Ali, numa entrevista ao Ípsilon, José Peixoto deixou claro que esta experiência era tudo menos episódica: “A reunião deste trio alimentou-nos tanto, que deixou rapidamente de ser episódica a partir do momento em que começámos a fazer música. As coisas foram-se desenvolvendo e percebemos que era mesmo uma coisa para levar para a frente, com o seu ritmo, com as condições que têm a ver com a nossa vida, as nossas agendas. E chegámos ao terceiro disco, o que já não é mau.”

Matéria (2014), pelo qual receberam o Prémio Carlos Paredes atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, tinha dez temas de José Peixoto e um de Carlos Barretto. E o disco seguinte, Lisboa (2016), a par de novos temas assinados por José Peixoto, integrava várias composições de guitarristas célebres ligados ao fado, como Casimiro Ramos, Domingos Camarinha, Francisco Carvalhinho, Jaime Ramos, José Nunes e um da autoria do contrabaixista Paulo Paz, também ele ligado ao fado. Já o terceiro disco, Aqui e Ali, era mais diversificado. A par de temas de José Peixoto (quatro instrumentais mais um com letra de Tiago Torres da Silva, Ai mas ai de mim, cantado por Cristina Branco), tinha originais dos outros componentes do grupo, Bernardo Couto e Carlos Barretto, além de versões de temas de Bernardo Sassetti (Reflexos), José Mário Branco (Engrenagem), Pedro Caldeira Cabral (Larghetto dos Prazeres) e Federico García Lorca (Zorongo gitano, este cantado por María Berasarte). Isto num total de onze temas.

Agora, para Almada, anunciam “um grande concerto”, como se pode ler no Facebook no grupo. Desenvolvido desde 2015 pela Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, em parceria com a editora e produtora discográfica PontoZurca, este ciclo vai na sua 7.ª edição e realiza-se em vários espaços da Casa, nos formatos Música nas Exposições e Concertos ao Pôr do Sol. Na edição deste ano, actuaram Bernardo Couto e Martín Sued, Braima Galissá, Victor Zamora e Sexteto Cuba, Lula Pena e Amaura. Depois do Lisboa String Trio, a edição deste ano fechará com um concerto de Fred, a 25 de Setembro.

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