O Presidente norte-americano Donald Trump classificou oficialmente nesta segunda-feira a Coreia do Norte como um estado patrocinador de terrorismo, afirmando que esta medida faz parte da “campanha de máxima pressão” de Washington sobre o regime de Pyongyang, cita a Associated Press. A medida permite aos EUA alargar o pacote de sanções contra a Coreia do Norte.

Até aqui, a lista de estados patrocinadores de terrorismo do Departamento de Estado norte-americano era composta pelo Irão, o Sudão e a Síria. A Coreia do Norte já tinha integrado o lote, mas em 2008 foi removida da lista no âmbito de uma tentativa de Washington de alcançar um acordo para travar o programa nuclear do regime de Kim Jong-un.

A AP cita fontes oficiais norte-americanas que duvidam que a Coreia do Norte apresente os requisitos necessários para regressar à lista, uma vez que é necessário provar que o regime "apoiou repetidamente actos de terrorismo".

Ao anunciar a decisão na Casa Branca, o Presidente norte-americano acusou a Coreia do Norte de apoiar "actos de terrorismo internacional", incluindo homicídios em território estrangeiro, cita o New York Times. Trump não disse a que incidentes se referia, mas é público que vários cidadãos norte-coreanos são acusados pela justiça da Malásia do assassínio de Kim Jong-nam, meio-irmão de Kim Jong-un, em Fevereiro, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur.

"Hoje, os EUA designam a Coreia do Norte como estado patrocinador de terrorismo. Já deveria ter acontecido há muito tempo", disse Trump, acrescentando que o Departamento do Tesouro vai anunciar já na terça-feira novas e mais duras sanções contra Pyongyang. "Vai ser o mais elevado nível de sanções", prometeu o Presidente norte-americano.