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Trump telefona a Xi Jinping e diz que vai respeitar princípio da “China única”

Presidentes dos Estados Unidos e da China quebram o gelo e prometem visitar-se nos respectivos países.

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Os novos desafios globais exigem o reforço da cooperação entre Estados Unidos e China, diz Xi Jinping Reuters/© Denis Balibouse / Reuters

Foi uma “conversa muito cordial” aquela que o Presidente norte-americano e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, mantiveram na quinta-feira à noite. A descrição é da Casa Branca e refere-se ao primeiro telefonema oficial entre Washington e Pequim desde que Donald Trump tomou posse. 

Nele, o 45º. Presidente norte-americano comprometeu-se a manter a política da “China única” que tem sido seguida pelos seus antecessores desde 1979 e que se pensou que estivesse em causa quando, em plena transição de poder, Trump falou ao telefone com a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, afrontando Pequim, que considera esta uma parte “inalienável do seu território”.

Habitualmente parca nas descrições das conversas entre Donald Trump e os seus homólogos mundiais, desta feita a Casa Branca foi mais generosa com os detalhes, assegurando que os dois líderes mantiveram “uma longa conversa telefónica”, na qual abordaram “muitos temas”, diz o El Mundo. “O Presidente Trump concordou com o pedido do Presidente Xi de honrar o princípio da China única”, cita ainda a Bloomberg, acrescentando que os dois líderes “trocaram convites para encontros nos respectivos países e estão ansiosos para novas e proveitosas conversas”.

“Num momento em que enfrentamos uma situação muito complicada a nível global e novos desafios, urge continuar a promover a cooperação entre a China e os Estados Unidos”, disse o Presidente chinês ao seu congénere norte-americano, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV. A China quer reforçar os laços com os Estados Unidos no comércio, investimento, tecnologia, energia e infra-estruturas, disse ainda Xi Jinping.

A conversa telefónica surge um dia depois de ter sido revelado que Donald Trump tinha enviado uma carta ao líder chinês, naquele que foi o primeiro contacto directo com Pequim em três semanas de presidência. O líder norte-americano manifestou o desejo de manter “uma relação construtiva” com benefícios para os dois países. Além disso, Trump cumpriu uma tradição antiga das administrações norte-americanas e desejou ao povo chinês um feliz ano novo lunar. O que aconteceu, como sublinharam meios de comunicação social chineses e norte-americanos, com 11 dias de atraso.

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