Segurança revista em vários países europeus

O ataque de Nice leva a uma avaliação das medidas, de forma a ter em conta um novo modus operandi.

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Soldado belga diante da embaixada francesa em Bruxelas François Lenoir/Reuters
  • O ataque de quinta-feira em Nice não irá alterar o grau de ameaça terrorista em Portugal, que se mantém moderado, segundo a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda. As forças e serviços de segurança continuam a manter “o reforço da vigilância e segurança em áreas e locais de maior concentração de pessoas”, afirma a responsável num comunicado citado pela Lusa. E adianta que todas as forças e serviços de segurança que integram a Unidade de Coordenação Antiterrorismo “estão a trabalhar em completa articulação e a acompanhar os acontecimentos registados em Nice, mantendo contacto com as suas congéneres e recolhendo todos os dados necessários à sua avaliação”.
  • No Reino Unido, depois de uma reunião de emergência do comité de segurança, as autoridades anunciaram que vão rever as medidas planeadas para os grandes eventos agendados para a próxima semana, afirmou uma porta-voz da primeira-ministra, Theresa May. “É a coisa certa e prudente a fazer neste tipo de situações”, cita a Reuters. Também o mayor de Londres, Sadiq Khan, anunciou que vai rever as medidas de segurança na cidade “à luz deste ataque”. “Eu e o comissário da polícia metropolitana faremos todos os possíveis para manter os londrinos seguros”, afirmou Khan, citado pela Press Association.
  • A Espanha vai manter os controlos das suas fronteiras terrestres com a França e reforçar as medidas de segurança nos aeroportos e nas zonas turísticas, anunciou o ministro do Interior, Jorge Fernandez-Diaz, após uma reunião de emergência para avaliar o nível de ameaça (que permaneceu no nível 4 num máximo de 5). Esses controlos já estavam em prática para o Euro 2016 e a Volta a França, e serão mantidos até 26 de Julho, numa acção acordada com as autoridades francesas. O Governo espanhol também decidiu reforçar “os controlos das infra-estruturas de transporte, em particular nos aeroportos”, tal como nas “zonas de afluência maciça”, nomeadamente “zonas turísticas”, adianta a AFP. A Espanha espera para este Verão uma afluência recorde de turistas que fogem de outros países que têm sofrido atentados, como a Turquia, segundo os responsáveis do sector turístico.
  • As autoridades belgas vão “adaptar” medidas de segurança de forma a ter em conta a metodologia usada no atentado de Nice. As festividades do dia nacional, 21 de Julho, irão ser mantidas, mas com nova vigilância, indicou o primeiro-ministro, Charles Michel. O organismo encarregado de avaliar a ameaça terrorista esteve reunido durante a noite de quinta para sexta-feira e decidiu manter o nível de ameaça no 3 (ameaça “possível e provável”) numa escala que vai até 4. “Não temos indicações concretas e precisas de alvos sob ameaça [na Bélgica]”, justificou Michel. “Mas este atentado de Nice torna necessária uma adaptação das medidas de segurança”, para que se “tenha em conta as novas formas de modus operandi”. A Bélgica costuma festejar o seu dia nacional com bailes populares, um desfile militar em Bruxelas na presença da família real, e um grande fogo-de-artifício no centro da capital, que a 22 de Março foi atingida por um duplo atentado jihadista, que fez 32 mortos e mais de 300 feridos.
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