Assunção varre "vices" de Paulo Portas
Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles deverão passar a ser vice-presidentes.
É uma renovação em toda a linha. A futura líder do CDS-PP, Assunção Cristas, dispensa os cinco vice-presidentes do CDS e vai promover Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles para o cargo que está logo abaixo de si e onde só mantém Nuno Melo. João Almeida volta a ser porta-voz. E Domingos Doutel deverá manter-se como coordenador autárquico.
Com a redução de sete vice-presidentes para três, Assunção Cristas (que passará a presidente) prepara-se para afastar os portistas que preenchiam o cargo: Artur Lima (do CDS/Açores), Teresa Caeiro, Pedro Mota Soares, João Almeida e Diogo Feio.
Restará Nuno Magalhães (que é por inerência por ser líder do grupo parlamentar) e Nuno Melo, o único que faz a transição no cargo. Para os outros dois lugares sobem Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado do Turismo, e Cecília Meireles, que ocupou a mesma pasta. Os dois já pertenciam à comissão executiva, o órgão mais restrito do líder do CDS.
Para este núcleo duro entrará Teresa Anjinho, antiga deputada e que entrou no partido pela mão de Assunção Cristas. São dadas como certas as saídas de Hélder Amaral, vice-presidente da bancada, e de Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
A equipa da nova líder justifica esta redução de vice-presidentes com o número desproporcionado destes dirigentes face aos vogais.
João Almeida deverá substituir Filipe Lobo d’Ávila como porta-voz, cargo que já ocupou no partido. Como coordenador autárquico deverá manter-se Domingos Doutel, já que um dos próximos desafios eleitorais é as eleições autárquicas em 2017.
Diogo Feio deixa de ser vice-presidente e passará a ser director do gabinete de estudos, tendo até uma direcção própria em que integrará independentes e militantes.
A composição dos órgãos do CDS é eleita este domingo no congresso que está a decorrer em Gondomar.