Sem quantificar eventuais perdas para Portugal, por ter sido feita apenas uma “análise preliminar da proposta” apresentada hoje por Londres, Freitas do Amaral considerou que esta reduz “substancialmente” a capacidade de acção da União Europeia.

Para o ministro faltam neste orçamento duas coisas essenciais: um esforço de equidade dos países mais ricos em relação aos países mais pobres e uma redução mais significativa do chamado "cheque britânico".

Falando em nome do Governo, insistiu que Portugal continua aberto ao diálogo, mas "não cederá no essencial". "Não podemos fazer um acordo a qualquer preço", acrescentou.

A presidência britânica da UE apresentou hoje uma proposta que reduz o orçamento dos 25 a partir de 2007 em relação ao projecto anterior em 25 mil milhões de euros.

Londres pretende que o nível do orçamento dos 25 seja colocado em 1,03 por cento do Rendimento Nacional Bruto, o que significa uma redução de 25 mil milhões de euros do envelope de 871 mil milhões de euros (1,06 por cento) em relação ao projecto anterior da presidência luxemburguesa.