Televisão, uma atracção persistente

Há uns largos anos, um estudo concluía que os portugueses, quando eram postos perante problemas de vária ordem, não iam reunir-se a discuti-los, sentavam-se frente à televisão. Ora apesar das muitas inovações tecnológicas entretanto surgidas (internet, computadores portáteis, smartphones, tablets), a situação não se alterou muito. Um novo estudo, feito pela Universidade Católica e pela GfK para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), conclui que a televisão continua a ocupar um lugar central nos hábitos dos portugueses. Mesmo que funcione, muitas vezes, como “candeeiro”: fica ligada sem ninguém a ver ou a prestar real atenção. Isso não impede que os inquiridos manejem os aparelhos a seu modo: gravam, voltam a atrás nos programas, não se colam à grelha do momento. Mas a TV é um corpo presente e persistente nos lares portugueses. E isso, diz o estudo, dá razão aos que nesta matéria colocam Portugal na cauda da Europa.

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