Malta é o país europeu que mais respeita os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e intersexuais. Conforme contou a Andreia Sanches no PÚBLICO de anteontem a Ilga-Europa deu a Malta uma avaliação de 88%, melhor do que a Bélgica e o Reino Unido (82% e 81%) e bastante melhor do que a Dinamarca e Portugal (71% e 70%).

70% não é bom e não bate bem, aritmeticamente, com o facto de 34% da população portuguesa achar que "há algo de 'errado' numa relação sexual entre duas pessoas do mesmo sexo". Como é que houve 4% destas pessoas que foram positivamente avaliadas? O que é que disseram? Como é que se safaram? Terão dito, portuguesmente, que não só nada têm a ver com isso como cada um é como é?

A Ilga-Europa mostrou, mais uma vez, ser generosa, compreensiva e, sobretudo, inteligente na maneira como encoraja os mais tímidos esforços de contrariar séculos de crueldade assassina.

Avaliou 49 estados europeus e o pior de todos foi o sinistro Azerbaijão (5%), seguido pela autoritária e corrupta Rússia e pela perseguida mas fanática Arménia (7%). O quinto mais intolerante, estúpido e ignorante da Europa é o Mónaco.

O Mónaco é um pseudo-país horrendo cheios de casacos de peles cheios de velhos e velhas forretas e caretas que fogem aos impostos dos países onde enriqueceram. 

Malta é tão porreira como o Mónaco não é. Malta é antiga e uma das sedes Game of Thrones. O Mónaco é uma manigância de arranha-céus a chular as redondezas.

É fácil escolher.