Incêndios: Aveiro é um dos distritos mais preocupantes

Cidade do Porto está de debaixo de um manto cinzento que impede que se veja o céu.

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O incêndio em Arouca é um dos que lavram no distrito de Aveiro Manuel Roberto

Durante a manhã de quinta-feira, a Autoridade Nacional de Protecção Civil contava 13 grandes incêndios nos distritos de Aveiro, Braga, Viseu, Viana do Castelo e Vila Real. No total, 105 incêndios consumiam os esforços de mais de 3600 operacionais. No terreno contam-se mais de mil viaturas de apoio e a meio da manhã estavam 17 meios aéreos a auxiliar no combate às chamas.

Os concelhos mais preocupantes são os de Castelo de Paiva, Arouca, Águeda, Arcos de Valdevez, Albergaria-a-Velha, Anadia, Vila Nova de Famalicão, Resende, Caminha, Montalegre e Vieira do Minho. O fogo chegou mesmo aos Passadiços do Paiva.

Aveiro é de longe o distrito que tem mais operacionais mobilizados, com cerca de 1200 bombeiros no terreno. O distrito tem 18 incêndios activos e que ainda não estão controlados. Em Águeda, que registou as primeiras chamas durante a madrugada de segunda-feira, estão concentrados mais de 300 bombeiros e mais de uma centena de viaturas, segundo números da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Já em Arouca, a preocupação virou-se para uma das frentes activa desde segunda-feira e que chegou esta quinta-feira aos Passadiços do Paiva.

O incêndio obrigou ao corte da Linha da Beira Alta e ao transbordo de passageiros entre Mortágua e Coimbra B, informou fonte da Comboios de Portugal (CP) e não existe previsão de quando será reposta a circulação, avançou a Lusa.

A Linha da Beira Alta está cortada devido ao incêndio florestal que deflagrou às 2h27 de quarta-feira na localidade de Algeriz, freguesia de Vila Nova de Monsarros, concelho de Anadia, distrito de Aveiro.

Segundo um comunicado da GNR, aos cortes da Linha da Beira Alta somam-se cortes nas estradas nacionais (EN) 224, em Castelo de Paiva, 326, em Arouca, e 328 em Sever do Vouga.

Durante a manhã estiveram também cortadas a A25, junto a Sever do Vouga, e o IP5, que estava cortado nos dois sentidos. Às 11h30 a circulação já tinha sido restabelecida.

Desde domingo, a cidade do Porto está de debaixo de um manto cinzento que impede que se veja o céu. O vento, que esta quinta-feira sopra moderado de este para o oeste, trouxe a nuvem de fumo para o centro e litoral da cidade. O cheiro a queimado é intenso e o ambiente está abafado.

Os incêndios em Gondomar, concelho que foi fustigado desde segunda-feira e concentrou as situações mais preocupantes do distrito, estão em fase de conclusão, segundo os dados disponibilizados no site da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Ainda assim, é o incêndio de Fânzeres e São Pedro da Cova, em Gondomar, que às 12h30 desta quinta-feira concentrava mais bombeiros (107) no distrito, que trabalham na fase de rescaldo.

Depois de Gondomar, é o incêndio em Recarei, em Paredes, que reúne mais operacionais. Estavam 58 no terreno, pelas 12h30, no combate a um fogo que começou na manhã desta quinta-feira, pelas 8h.

O Porto era o distrito que, à mesma hora, reunia mais situações de incêndio, um total de 26, com 505 operacionais no combate às chamas. Os fogos não assumem, no entanto, as proporções dos incêndios no distrito de Aveiro.

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