Portugal eleito para o Conselho Económico e Social da ONU
Candidatura portuguesa recebeu 177 votos
Depois de, a 21 de Outubro, o trabalho da diplomacia portuguesa ter sido coroado de êxito com a eleição por 184 dos 193 votos da Assembleia Geral para o Conselho de Direitos Humanos, Portugal passa a estar presente nos dois principais órgãos da ONU.
O ECOSOC coordena as actividades operacionais dos Fundos e Programas da ONU em matéria de cooperação para o desenvolvimento e para a ajuda humanitária. Daquele organismo dependem as cinco comissões económicas regionais das Nações Unidas, sediadas em Genebra, Adis Abeba, Beirute, Santiago do Chile e Banguecoque. Do mesmo modo, o Conselho Económico e Social superintende as comissões de desenvolvimento social, estatuto da mulher, população e desenvolvimento, crime e justiça penal, drogas, ciência e tecnologia.
Também o programa ONUSIDA, o fundo das Nações Unidas para as florestas, e os comités das organizações não-governamentais e de peritos sobre cooperação internacional em matéria de impostos estão na dependência deste organismo. Em 2013, na sequência da Conferência do Rio, o Conselho Económico e Social criou conjuntamente com a Assembleia Geral das Nações Unidas, o fórum político de alto nível sobre o desenvolvimento sustentável, órgão de liderança política, orientação e recomendação na área do desenvolvimento sustentável.
Para além de Portugal, para as cinco vagas do grupo de países da Europa Ocidental também foram eleitos a França, Alemanha, Grécia e Áustria. Os 177 votos obtidos pela diplomacia portuguesa para o ECOSOC, apenas menos um que franceses e alemães, são considerados no Palácio das Necessidades como um excelente resultado. Até porque esta eleição de Portugal se insere no esforço de representação em órgãos de multilateralismo das Nações Unidas.
Recorda-se que, no biénio 2011-2012, Portugal foi membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, e que, em 1995/96, presidiu à Assembleia Geral das Nações Unidas. Freitas do Amaral foi o primeiro português a ocupar aquele cargo, no ano em que se comemoraram os 50 anos da ONU.