Com Sampaio da Nóvoa pela Cidadania
Sabemos que um Presidente não pode governar, mas pode estar presente e ser vigilante.
É com muita alegria que apoio a candidatura do professor Sampaio da Nóvoa a Presidente da República de Portugal. Abraço esta causa de alma e coração plenos, com confiança e entusiasmo. A mesma confiança e entusiasmo que senti na primeira vez que o escutei enquanto candidato, no seu discurso de apresentação no Teatro da Trindade. Desde aí, não deixei de o acompanhar. Porque me devolveu a esperança.
Identifico-me com a sua independência, com o seu sentido de causa pública, expresso na forma como interpreta as funções presidenciais. Junto das instituições. Junto dos cidadãos.
Considero admirável a forma como incansavelmente, de há oito meses a esta parte, tem diariamente percorrido o país, falando e escutando, procurando genuinamente ir ao encontro de todos e de cada um. E acredito que esse esforço continuará e se aprofundará enquanto Presidente.
Como eu, de forma livre e voluntária, têm chegado a esta candidatura cada vez mais pessoas, oriundas dos mais variados sectores da sociedade, independentes ou vindas dos partidos, no reconhecimento de que esta representa uma oportunidade extraordinária e soberana, neste momento e para a democracia portuguesa.
Vivemos um longo período de amadurecimento, em que se conseguiram alcançar grandes progressos, como o desenvolvimento da escola pública, de um Sistema Nacional de Saúde, um sistema de Segurança Social ainda em aperfeiçoamento, em que tivemos um intermitente Ministério da Cultura e fomos reatando uma relação com o mundo, numa representação cultivada pelos anteriores presidentes que são também hoje apoiantes de Sampaio da Nóvoa.
Assistimos, nos últimos anos, também a um grande retrocesso de todas as nossas estruturas de produção, do nosso tecido empresarial, deixando-nos pouco a pouco reféns de uma Europa em que a lógica da economia ao serviço de um sistema financeiro prevalece, uma Europa que hoje sente dificuldades em servir a dignidade dos cidadãos.
Sabemos que um Presidente não pode governar. Mas pode estar presente e ser vigilante. Ser o garante do regular funcionamento das instituições, no limite dos seus poderes e assegurando o cumprimento da nossa Constituição.
Estamos agora perante o desafio das eleições presidenciais e temos alguém que nos disponibiliza o seu vasto saber e experiência, a sua ampla e profunda visão de Portugal, para nos representar no plano interno e no plano internacional, de forma a promover todos os diálogos possíveis para o encontro dos tão necessários acordos com vista à construção de uma sociedade que se quer realmente mais justa, e só assim capaz de enfrentar o futuro e os grandes e tantas vezes tão graves e difíceis desafios do nosso tempo.
Vivemos numa era de uma enorme superficialidade, em que a comunicação se torna difícil. A atenção das pessoas está voltada para o que é imediato, de fácil apreensão. Para a distracção, ao invés de e para o pensamento. E o ruído é imenso.
Há também um enorme cansaço, um descrédito nas instituições e nos agentes políticos, o qual muito se deve às políticas a que recentemente assistimos. A degradação dessas instituições e das condições de vida dos portugueses tem levado a um alheamento de muitos cidadãos e cidadãs da vida comunitária e a uma crescente abstenção nos actos eleitorais.
O voto não é tudo, mas é um princípio do qual não podemos abdicar. É um direito, um dever duramente conquistado.
Por isso creio ser tão importante espalhar a palavra. A ideia de que não nos podemos resignar.
De que vale a pena acreditar que as mudanças necessárias são possíveis e dependem de nós.
Da nossa capacidade de agir e de mobilizar.
De que a figura do Presidente não é indiferente, que a nossa escolha conta. E de que, se elegermos Sampaio da Nóvoa, teremos para Portugal um Presidente capaz de ajudar a operar essas mudanças, de uma forma responsável e construtiva, respeitando e somando as nossas diferenças, na formação de um carácter de união, na edificação da identidade de um país que pode ter uma presença importante e singular no concerto das nações.
Um país com muitas possibilidades e de muitas realizações. Um país para um novo tempo. Feito por e para cidadãos e cidadãs conscientes, despertos e cooperantes, que têm e exercem o direito de viver em liberdade, fora ou dentro das suas fronteiras, lutando legítima e activamente por mais justiça social e uma maior soberania de todos os povos, no seio da Europa e no mundo.
Por isso agradeço a Sampaio da Nóvoa a sua disponibilidade para ser o Presidente de todos os portugueses, por isso estou com Sampaio da Nóvoa pela cidadania.
Música e mandatária nacional da candidatura de Sampaio da Nóvoa