Cartas à Directora
Museu do Estado Novo
Leonel Gouveia, o corajoso presidente da Câmara de Santa Comba Dão quer avançar com a construção do Centro Interpretativo do Estado Novo. Acho uma boa ideia. A História não se apaga. De resto, a criação do referido Centro não é uma homenagem à política de António de Oliveira Salazar. Alguns democratas de pacotilha, pseudo-intelectuais e testas-de-ferro de organizações “revolucionárias” vão cacarejar. Quando tanto se fala em Turismo, o município santacombadense agradece. A Junta de Freguesia de Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia tem em exposição permanente, a réplica de uma sala de aula da escola primária do Estado Novo. Por curiosidade: os presidentes dos municípios gaiense e santacombadense são socialistas. O antigo presidente do Conselho de Ministros nunca disse: “a História me absolverá”.
Ademar Costa, Póvoa de Varzim
Menos educação, mais corrupção
Olhando o “momento”, parece demasiado fácil intuir-se, que os países mais educados – instrução e não só – são menos corruptos que os restantes. Uma população educada, instruída, culta mais dificilmente acata “poderosos” muito corruptos – e estes sabem-no – e o “todo” não se quer deixar envolver em incessantes esquemas que envolvem tudo e todos, e criam a degradação total do Estado, do País e da maioria da sua População. A América do Sul e Central, grande parte senão todo o Continente Africano, bastantes países Asiáticos, onde os níveis gerais de instrução/cultura são muito baixos, estão a “rebentar” de corrupção e corruptos. Na Europa, havendo evidentemente corrupção – qualquer humano a dado ponto se vende! –, no Sul e no Leste temos mais casos que a Norte, logo não é um continente incorrupto, mas menos corrupto por “regiões” que muitas outras partes do Planeta! (…)
Nos países mais corruptos a nível global, existem – intencionalmente –, parâmetros muito baixos de instrução/cultura, e só umas minorias muito minoritárias acedem a padrões elevados, por norma fora dos seus países. E são quem controla, domina tudo e todos, e deixa as banalidades de “formatação ínfima e toda igual” aos “outros”. Impedindo o acesso à educação e a tudo o que esta implicitamente acarta! E claro, se uns quantos, poucos, se apoderam “indevidamente “ dos valores de todos, estes não têm como “saber ter” saúde, educação, cultura, bem-estar, mínimos de qualidade de vida.
Assim, a corrupção e a implícita não-educação “abundam” nos países “politicamente centralizadores”, ditos socialistas, bem como nos demasiado os liberais de direitas, onde as elites se autovalorizam, cada uma à sua maneira e as maiorias são banalizadas. Logo, quanto menos educação geral houver mais corrupção existe, e o ciclo não vai estagnar até por ser do interesse de uns quantos e seus apaniguados ou sucessores que assim continue. A Internet, as novas formas de informação, as muitas investigações sobre muitos casos de corrupção local e mundial, não estão a dar o resultado esperado e continua-se a falar muito e a nada ou muito pouco, mudar. Talvez seja tempo de parar para pensar, como alterar este estado de desatino em que nos encontramos (…).
Augusto Küttner de Magalhães, Porto