Cartas à Directora
Os 17 jovens presos em Angola
Sou assíduo leitor do v/ jornal, que adquiro quase diariamente. O caso deste jovens presos que tem sido noticiado e divulgado com regularidade, merece toda a minha simpatia pelo facto de dar a conhecer aos leitores e ao mundo a prepotência desse regime que considero não uma democracia, mas sim uma oligarquia. É de enaltecer o V/ empenhamento e indignação perante todos estes factos reprováveis aos olhos do mundo verdadeiramente democrático. Infelizmente neste mundo em que vivemos conta mais o vil metal do que os valores morais e o amor ao próximo. Os partidos com assento no Parlamento e que reprovaram a recomendação ao governo angolano deram provas disso mesmo. Não partilho de nenhuma força política, voto em pessoas de todos os quadrantes e não em partidos. Continuem a divulgar estas injustiças e a maioria dos leitores agradecem.
F. Oliveira, Lisboa
ADSE: outro grupo técnico?...
Já começa a ser "trágico", o "grupo técnico" volta sempre! Mudam os actores mas as asneiras "malévolas" parecem tristemente coladas a governos de ideologia (aparentemente) diversa. Lembram-se do grupo técnico criado pelo governo anterior, tutelado por um secretário de Estado e dois eméritos professores de Coimbra, para fazer a reforma da Segurança Social? Rapidamente desapareceu (s)em combate, embora eu creia que esta gente nunca desaparece pois só "hiberna".
Pois agora, soube-o pela presidente da APRe! numa entrevista, o actual ministro da Saúde, numa conversa com Maria do Rosário Gama, lhe disse que quanto à privatização da ADSE, o que há neste momento é somente um "grupo técnico" que estuda essa ( e eventualmente outra?) solução. Malditos os "grupos técnicos" que servem como "pontas de lança" ideológicos e, pior que isso, como desculpa e respaldo aos políticos que têm como escopo certas e determinadas coisas ínvias!
Fernando Cardoso Rodrigues, Associado da APRe!, Porto
Vuvuzelas e elefantes
Ando a ler um livro deveras interessante. Em primeiro lugar, embora o conteúdo original tenha visto a luz do dia no Brasil, a reprodução lusitana tem todos os Pês e Cês da versão linguística de cá. Facto notável, numa terra de gente com "locus de controlo externo" (passe o exagero).
Mas não há bela sem "monstro". Então não é que o autor, lisboeta confesso e culto, confunde o som das irritantes vuvuzelas do Mundial da África do Sul com o som duma manada de elefantes! Erro imperdoável, só desculpável por os elefantes serem cada vez em menor número.
Há dias, um miúdo português sentou-se ao meu lado num autocarro. Tinha uma vuvuzela que julguei ser "made in South Africa", pois até era de plástico negro. Ele disse-me que não; pelos vistos, na R.P.C. também fabricam o "instrumento" (suposição minha). E de vez em quando arrancava dele um pesado som nada irritante, tal como um citadino não se deveria irritar com o som de um elefante, ou de um enxame de abelhas furiosas.
Antides Santo, Leiria