Cartas à Directora

Afinal foi Deus!

Parece um concurso de Criatividade.

Multiplicam-se as teses explicativas dos ataques contra inocentes dos criminosos fanáticos do chamado Exército Islâmico. E qual delas a mais criativa!

No próprio dia dos atentados, o deputado Manuel Tiago, antes mesmo de lamentar as mortes ou culpar os monstros assassinos, apontou o dedo acusatório aos governos do Ocidente, eleitos democraticamente pelos respectivos povos.

Acabo agora de ler a explicação adiantada pela congressista republicana pelo Minnesota, Michele Bachmann. Segundo a certamente apoiante de Trump, afinal os crimes de Bruxelas foram obra de… Deus! Sim, como castigo pela visita de Barack Obama a Cuba!

Bastante divergentes as explicações de Tiago e Bachmann para a tragédia de Bruxelas. Igual, igual, é mesmo o ódio ao democrata Obama!

Helder Pancadas, Sobreda

 

É só uma achega

Já me tinham dito que isto de escrever nas redes sociais e na imprensa, em geral, é muito perigoso, sobretudo quando se trata de opiniões não autorizadas pelos polícias do pensamento. Que o digam a Isabel Jonet, o Henrique Raposo, o José Rodrigues dos Santos e um longo etc, incluindo o Mark de Croydon, que chegou mesmo a ser preso.

Felizmente que quando se trata das "políticas de direita" aí pode-se desancar à vontade sem o perigo de linchamento mediático. Vem isto a propósito do postulado do tal deputado do PC, "com um corpo nascido em 1979 mas uma cabeça burilada em 1934", sobre a inequívoca relação de causa-efeito entre a "política de direita" e o terrorismo, em que João Miguel Tavares deixa os leitores (e talvez também a cabeça do deputado) completamente baralhados com a referência a 1934. O que terá acontecido em 1934? O que pretende JMT com este enigma? É claro que em 1934 aconteceu muita coisa, mas na defunta União Soviética terão começado as purgas estalinistas de milhões de pessoas, comunistas incluídos, ao ponto de um amigo, professor de História, sussurrar que foi à conta do Estaline, e não doutros, que mais comunistas foram assassinados em toda a História do século XX. O que, convenhamos, é mais que suficiente para burilar uma cabeça.

Manuel Brás, Lisboa

 

Eutanásia

A eutanásia é mais um tipo de suicídio voluntário, como a overdose, com conhecimento do indivíduo que a pratica.

Quando a eutanásia é feita por doentes terminais, consegue entender-se se sofrem dores físicas tremendas. No caso de os indivíduos não estarem nessa situação é absolutamente condenável.

A falta de vontade de viver não deve constituir por si só um motivo para a eutanásia. Se todas as pessoas infelizes deste mundo praticassem a eutanásia assistir-se-ia a um suicídio em massa generalizado em todos os países.

Quando os doentes terminais sofrem dores físicas extraordinárias deveria ser possível a morte assistida por expressa vontade do paciente.

Creme Carvalho Santos, Lisboa

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