Cartas à Directora

O europeu não se sente nem o fazem ser europeu

Para além de outros gravíssimos problemas entre os quais a Economia a “mandar” na política e nos políticos, temos um problema de identidade com a Europa.

Não se conseguiu, desde que se iniciou a CEE e depois “passou” a UE, criar uma necessária identidade europeia, de todos nós, europeus.

Tentou-se e muito bem acabar com nacionalismos exacerbados, no final da II Guerra Mundial, essencialmente pelo terror que Hitler havia criado, em querer “fazer” uma Alemanha que “dominasse” grande parte da Europa, pela força, mas felizmente “ainda” não foi possível.

Todos os Estados-Nação tiveram uma fase, até finais dos anos 70, meados de 80 do século XX, que tentaram desapaixonar-se da Nação, mas não conseguiram incutir a ideia de “sentimento” de Europa. E facilmente hoje se nota que o europeu não se sente especificamente europeu. (…)

E para desgraça nossa, os atentados de Bruxelas, aconteceram. Mais uns! Horrendos, inqualificáveis. Como o são em Israel, no Quénia, no Congo, na Síria. Onde há armamentos que fazem uns enriquecer e tantos morrer!

Mas, talvez pudessem ter sido evitados no dia 22 de Março de 2016 se houvesse uma verdadeira polícia secreta única e europeia, se as comunicações secretas e nunca públicas fluíssem, na Europa, se cada polícia secreta não tratasse de muito saber e esconder às outras, europeias, o que sabe.

Talvez aqui também, a União fizesse a robustez, fizesse a Europa, fizesse até gastar-se menos e – essencialmente! – se poupassem vidas humanas que nada têm a ver com armamento, guerras e supostas falsas ideias de religiões.

Se se demorar muito, já não vai lá!!!!

Augusto Küttner de Magalhães, Porto

 

Banco CTT

Mesmo com taxas de juro negativas, o Banco CTT quer dar cartas! Carteiras de crédito e serviços financeiros vão entrar-nos pelas caixas de correio. Espero que o carteiro toque mais de duas vezes, parafraseando o célebre filme baseado no romance de James Cain. O descrédito do sistema bancário atingiu níveis sem margens para dúvidas e juros. É mais fácil abrir um banco, do que ir a Roma ver o Papa! De resto, os portugueses confiam em tudo e mais alguma coisa. Se os juros das contas a prazo, demorarem tanto como uma carta que coloquei no marco do correio da Praça Marquês de Pombal, na Póvoa de Varzim, e chegou a Vila Nova de Gaia, uma semana depois, o Banco CTT vai ser um sucesso!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

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