Cartas à Directora
França e a Democracia
O país da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e da Democracia, está a deitar tudo isso ao caixote do lixo, ou a colocá-las de quarentena.
Cá, já tivemos quem defendesse a suspensão da Democracia por 6 meses para “pôr” o país em ordem. Claro que ficaria a democracia suspensa por uns bastantes “maus” anos.
Em França, quando se colocou o país em estado de Emergência, logo a seguir ao 13 de Novembro de 2015, e foi prolongado por 3 meses, por uma questão de reposição de uma normalidade democrática que tinha sido abalado, tudo bem.
Agora os deputados, para já, votarem uma lei que parece irá poder vir a fazer parte da Constituição Francesa para que o estado de emergência possa ser um recurso normalíssimo e infindável, parece muito grave.
Criarem-se situações “normalíssimas” em que a polícia entra, sem mandado bem fundamentado de um tribunal, na casa de uma pessoa por se desconfiar de qualquer coisa, ou por essa pessoa não agradar, convenhamos que não é propriamente democrático.
Cá, no nosso país, a polícia política no tempo da Ditadura fazia “isso”, mas era uma não-Democracia. Felizmente que estamos por cá, até ver, em democracia e não se coloca este malabarismo de estado de Emergência para suspender uma parte da democracia que pode fluir para onde se for entendendo. O mal é começar.
Em simultâneo permite-se agora, também em França, retirar a nacionalidade a cidadãos franceses, invocando razões de segurança. Principalmente se forem um pouco “escurinhos”!
A ministra da Justiça Francesa – feio de o dizer e pior de escrever, mas não era branca de todo e era Mulher, algo que a muitos incomoda – já se havia demitido face a estes atentados contra as liberdades em França, e agora, e bem, demitiu-se o ministro dos Negócios Estrangeiros. (…)
É a França, terra da Liberdade, a dar seu sinal de ditadura, ou de não-Democracia, não Liberdade, Não Igualdade, não Fraternidade! Muito grave.
Augusto Küttner de Magalhães, Porto
Não batem leve, levemente
As contas no seio da UE não ‘batem leve, levemente, como quem chama por mim. Fui ver’; e assim é. Existem gravíssimas discrepâncias entre países ricos e os ditos pobres – os enteados -, com os primeiros a impôr condições muito pesadas aos da ‘arraia miúda’.
Mas, como existem regras a seguir, pensamos que deve existir um só TOC – técnico oficial de contas -, bem como um único POC – plano oficial de contas -, tal como a UE deve ser considerada um grupo económico, composto por tantas empresas, como o número de países que dela fazem parte. Logo, umas empresas devem colmatar os possíveis prejuízos de outras, tenho em conta os acordos estabelecidos entre as partes, no seio do grupo.
Assim, parece-nos, na simplicidade dos factos, que a UE podia e devia fazer muito mais do que tem feito, gerindo com mais equidade os problemas económicos dos países reféns dos mais ricos, dando-lhes algum espaço de manobra e folga necessária, uma vez que todos pertencem ao mesmo ‘grupo empresarial’.
José Amaral, VNGaia
A Televisão dos portugueses...
...é de baixíssimo nível. De vez em quando, dou uma olhadela pela programação e share, e custa a acreditar, que são os telejornais, os mais vistos pelos telespectadores. Tudo o resto, de manhã à noite, temos telenovelas-culinária (toda a gente apresenta as suas receitas...) futebol + futebol, e já me esquecia A Quinta... O Estado gasta milhões com a RTP e esta, que deveria ter bons Programas, é a pior de todas, com o dinheiro dos portugueses!
Tomaz Albuquerque, Lisboa