Cartas à Directora

Apesar de tudo o Público aguenta-se

Apesar de cada vez termos menos Pessoas a ler, o PÚBLICO aguenta-se.

Apesar do imediatismo fazer parte do dia-a-dia dos nossos média e o PÚBLICO não seguir essa via, o PÚBLICO aguenta-se.

Apesar do “i” que nasceu já fora do tempo, mas a apostar na qualidade, não ter conseguido seguir o trajecto inicial, o PÚBLICO com qualidade aguenta-se.

Apesar de ter que acabar com o suplemento de domingo, que fazia parte da leitura de todos os que, mesmo com outros suplementos antes do “2”, lemos o PÚBLICO desde o primeiro número, o PÚBLICO aguenta-se.

Apesar de ter que deixar de ter alguns colunistas de qualidade, sempre, o PÚBLICO aguenta-se

Apesar de cada vez haver menos publicidade para distribuir equitativamente pelos meios de comunicação escrita, o PÚBLICO aguenta-se.

Apesar de a leitura, mormente em papel, estar em desuso o PÚBLICO ainda aguentar o papel em paralelo com o online.

Apesar de a qualidade não ser o mote do nosso quotidiano, seja em comunicação social, seja em muito mais situações do nosso dia-a-dia, o PÚBLICO com qualidade aguenta-se.

Apesar de o PÚBLICO ter tido, neste fim de ano de 2015, que fazer mais uns cortes de custos, o PÚBLICO aguenta-se.

Mau será o dia em que o PÚBLICO se não aguentar, ou tiver que seguir a via da não qualidade e não conteúdo para se aguentar.

E sem dúvida que temos que felicitar o Engenheiro Belmiro de Azevedo, por ter criado o PÚBLICO e por estar a querer aguentá-lo contra ventos e marés, nestes tempos nada fáceis, para muitA coisa: como a Democracia, os Valores e, claro, a Imprensa com Qualidade.

E o PÚBLICO aguenta-se e é muito bom.

Pena será o dia, que se espera não aconteça, em que se tiver que dizer por já não ter onde o escrever, o PÚBLICO como PÚBLICO não se aguentou e acabou. Esperemos que tal nunca aconteça! E todos dentro e fora temos que ajudar a manter o PÚBLICO!

Augusto Küttner de Magalhães, Porto

 

As deduções fiscais

O Governo de António Costa está a preparar-se para atribuir deduções fiscais.

Gostaria de saber de onde é que vão retirar as verbas que deixam de receber: é dos ricos ou é do povo? Aos ricos não faz diferença porque continuam ricos e têm forma de aumentarem os seus proventos, e/ou a receberem ordenados chorudos, mas o povo fica ainda mais pobre e é a grande maioria do povo português.

Quando se pensa que o povo já tem que sustentar a máquina do Estado teme-se que deixe de se sustentar de todo a si próprio como já acontece com uma boa fatia do povo.

De vez em quando é necessário parar para pensar antes de atribuir benesses aparentes.

Quando António Costa se pronunciou sobre o assunto estava empolgado de felicidade. Não devia se fosse um Gestor capaz.

Quanto aos outros partidos de esquerda, acredito que o apoiem, mas é bom que o PSD e o CDS não apoiem para não lhes serem atribuídas culpas mais tarde quando vier a factura, ainda que essa falta de apoio desagrade ao Povo Português.

Cremilde Carvalho Santos, Lisboa

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