Terrorismo anti-LGBTQIA+: estão à espera de um drama?

Em Portugal, grupos como o Habeas Corpus já vão na publicação da quinta lista de pessoas a que chamam “terroristas LGBTIQ+”, numa acção de incitação ao ódio.

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No dia 6 de outubro de 2019, em Paris, fui brutalmente agredida por um neonazi que fazia serviço de segurança à “Manif pour Tous”, um conjunto de coletivos, sobretudo religiosos, contra os direitos das pessoas LGBTI+, com forte mobilização e recursos. Estes grupos começaram a organizar-se de forma mais estruturada em 2012, na sequência do debate sobre a lei do casamento igualitário em França, que viria a ser promulgada em 2013. No dia da minha agressão, manifestavam contra a lei da PMA (Procriação Medicamente Assistida) para todas as mulheres. Participei com mais camaradas numa contramanifestação, mas acabámos cercados de forma intimidante por um dispositivo policial desproporcionado. Obrigaram todas as pessoas do grupo a identificar-se e, em seguida, a separar-se, sob a ameaça de sermos levadas para a esquadra. Fiquei apenas com uma amiga e decidi ir simplesmente, sem me manifestar, observar e analisar o que estava a acontecer.

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