Rendas voltaram a aumentar acima de 7% em Novembro
Pelo oitavo mês consecutivo, as rendas habitacionais registaram uma subida superior a 7%. Aumentos registaram-se em todas as regiões do país, Madeira é aquela onde se regista o maior crescimento.
As rendas habitacionais continuam a aumentar a ritmo acelerado e, em Novembro, voltaram a crescer acima de 7%, acumulando já o oitavo mês consecutivo em que se regista uma subida acima desta fasquia.
Os dados foram publicados, nesta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que, em Novembro deste ano, o índice de preços das "rendas efectivas pagas por inquilinos" aumentou 7,15% em relação a igual período do ano passado (uma variação igual à que já tinha sido registada em Outubro, também de 7,15%). De acordo com a série disponibilizada pelo INE, desde Abril deste ano que as rendas aumentaram, todos os meses, mais de 7% em relação ao ano anterior.
Já em relação ao mês anterior, este índice aumentou em 0,37% e acumulou mais uma subida consecutiva em termos mensais, uma tendência que já se verifica desde Julho de 2020 sem qualquer interrupção. Acentua-se, assim, o ciclo mais longo de subidas mensais ininterruptas das rendas habitacionais desde meados de 2009.
O INE dá ainda conta de que, em termos homólogos, "todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo a Madeira registado o aumento mais intenso", de 7,6%. Também no que diz respeito à evolução mensal se verificam aumentos em todas as regiões do país, e a Madeira volta a ser a região com o maior aumento, de 0,6%.
Tal como tem acontecido nos meses anteriores, a habitação volta, assim, a ser um dos sectores que mais contribuem para a evolução da inflação. No que diz respeito exclusivamente às rendas, o aumento deste indicador é quase três vezes superior à variação da inflação da generalidade dos preços: em Novembro, o índice de preços no consumidor aumentou em 2,5% em termos anuais.
"Em Novembro, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do índice de preços no consumidor destacam-se a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e dos restaurantes e hotéis", pode ler-se no relatório divulgado esta manhã.
O índice publicado nesta quarta-feira pelo INE considera o valor médio das rendas por metro quadrado de todos os contratos em vigor, e não o valor mediano das rendas de novos contratos de arrendamento, como acontece na análise trimestral mais aprofundada que o instituto faz ao mercado de arrendamento.