Itália e França também já estão nos “quartos” da Liga das Nações

No Stade de France, o hino de Israel foi assobiado. Jogo entre franceses e israelitas obrigou a grande aparato policial.

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Houve violência nas bancadas do Stade de France Christian Hartmann / REUTERS
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A Itália e a França asseguraram nesta quinta-feira a sua presença nos quartos-de-final da Liga das Nações. Um apuramento alcançado com brilhantismos distintos. Enquanto os italianos foram à Bélgica “carimbar o passaporte” com um triunfo, os franceses, num jogo muito marcado por questões de segurança fora do relvado, ficaram-se por um empate a zero com Israel.

Em Bruxelas, e perante uma selecção belga com algumas baixas importantes, como De Bruyne, Doku e Tielemans (mas com o sportinguista Debast em campo), foi uma má abordagem defensiva dos homens da casa que permitiu a Tonali inaugurar o marcador logo aos 11’ — um golo que seria suficiente para o triunfo da equipa orientada por Luciano Spalletti.

A jogar mal, a Bélgica fez o seu primeiro remate enquadrado com a baliza à guarda de Donnarumma apenas aos 50’ (da autoria de Debast, precisamente), com o central sportinguista a ficar “mal na fotografia” pouco depois, quando permitiu que Retegui se isolasse valendo a defesa de Casteels. Até final, a Bélgica ainda acertou num poste, mas o resultado não se alteraria.

Assobios ao hino israelita

Em França, o futebol contou muito pouco e o jogo entre franceses e israelitas que não saiu do nulo inicial, foi quase um pretexto para tudo o resto: manifestações, protestos e um aparato policial enorme.

Horas antes do início da partida a zona envolvente do Stade de France na região norte de Paris, tinha um helicóptero a sobrevoar a área e centenas de polícias a pé, em dezenas de carrinhas e a cavalo. As autoridades de Paris estiveram em alerta máximo, com o chefe da polícia francesa, Laurent Nuñez, a mobilizar 4000 polícias à volta do estádio e mais 1500 polícias nos transportes públicos. Por motivos de segurança apenas 20.000 dos 80.000 bilhetes foram vendidos e os cerca de 150 apoiantes de Israel presentes no estádio foram escoltados pela polícia.

Tudo para evitar que a violência ocorrida há poucos dias entre adeptos no final de um jogo da Liga dos Campeões que envolveu um clube israelita e outro dos Países Baixos e que ganhou contornos de antissemitismo não se repetissem.

Mesmo assim, durante a partida, vários adeptos entraram em confrontos físicos nas bancadas e o hino israelita não foi respeitado. No relvado, a França dominou, com o guarda-redes Peretz a ser a figura do jogo.

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