Trump mandata Elon Musk para reduzir e redesenhar o Governo federal norte-americano

Vivek Ramaswamy junta-se ao multimilionário em nova agência para a eficiência governamental. Comentador da Fox News é o escolhido para a Defesa, Kristi Noem para a Segurança Interna.

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Donald Trump e Elon Musk num comício em Butler, na Pensilvânia, durante a campanha para as presidenciais Carlos Barria / REUTERS
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Donald Trump, Presidente-eleito dos Estados Unidos, nomeou esta terça-feira Elon Musk e Vivek Ramaswamy para a liderança do futuro Departamento de Eficiência Governamental. O homem mais rico do mundo, dono da Tesla, da SpaceX e da rede social X, e Ramaswamy, antigo candidato à nomeação presidencial republicana, vão supervisionar o novo organismo encarregue de reduzir custos e redesenhar o edifício governativo federal.

O novo departamento, cuja sigla em inglês é também uma referência a uma criptomoeda promovida por Musk (a dogecoin), ficará à margem da estrutura orgânica do Governo, pelo que as duas nomeações não necessitam de confirmação do Senado, nem estão sujeitas à verificação de conflitos de interesse. Oficialmente, Musk e Ramaswamy não serão membros do Governo.

O organismo terá até 4 de Julho de 2026, o 250.° aniversário dos Estados Unidos da América, para planear e executar o que Trump compara a um novo “projecto Manhattan”, visando “um Governo mais pequeno, mais eficiente e menos burocrático”.

Desconhece-se de momento o que tal plano encetará, mas é público o pensamento de Musk e Ramaswamy. O patrão da Tesla, um dos maiores apoiantes e financiadores da campanha de Trump, defende cortes na estrutura governamental federal no valor de dois biliões (milhão de milhão, 12 zeros) de dólares.

Ramaswamy sugere o fim do Departamento da Educação, do FBI e do serviço de finanças norte-americano, bem como o despedimento de 75% dos funcionários públicos federais e o corte da ajuda financeira norte-americana à Ucrânia, a Israel e a Taiwan, refere o New York Times. No entanto, algumas das propostas colidem frontalmente com políticas de longa data do Partido Republicano, como o apoio a Israel e a Taiwan, pelo que não é esperada a transposição de todas as suas ideias para o plano de reorganização do executivo e da administração pública federais.

Comentador da Fox News na Defesa

Outra notícia desta noite é a escolha de Pete Hegseth, apresentador da Fox News, militar veterano das guerras do Iraque e Afeganistão e conhecido apoiante de Trump, para secretário de Defesa.

Trump também anunciou John Ratcliffe, ex-congressista do Texas e chefe das secretas durante o primeiro mandato, para a chefia da CIA. Kristi Noem, governadora do Dacota do Sul e outra destacada apoiante de Trump, é a escolhida para liderar o Departamento de Segurança Interna, que desempenhará um papel central no anunciado plano de deportação de milhões de imigrantes ilegais.

Durante o dia, a imprensa norte-americana noticiou a escolha de Marco Rubio, senador da Florida e outro antigo candidato à nomeação presidencial republicana, para a chefia da diplomacia norte-americana, mas a decisão ainda não foi comunicada. Já Michael Waltz, congressista do mesmo estado, foi publicamente anunciado por Trump como o próximo conselheiro nacional de segurança.

À excepção de Waltz, Musk e Ramaswamy, todos estes nomes terão de ser confirmados pelo Senado, onde os republicanos estarão em maioria após as eleições de dia 5.

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