Resgatar o universalismo
O grito dos feios, porcos e maus é também, por muito que custe reconhecê-lo, um grito pelo direito a ser objeto de políticas públicas quando lhes toca a sorte de ficar para trás.
Bem sei que o mundo não acabou, que a Terra continuou a girar, que a economia nem se portou mal e que as instituições resistiram. Mas presumir que um segundo mandato de Donald Trump seguirá o padrão do primeiro é erro de análise e é ingenuidade. Desde logo porque Trump não é o mesmo. Carrega um profundo desejo de vingança contra todos quantos lhe “roubaram” a eleição de 2020, todos quantos o levaram à justiça, todos quantos, no seio do seu próprio partido, ousaram fazer-lhe frente. E esse desejo de vingança, que não existia há oito anos, temos obrigação de o saber, é um fator particularmente eficaz de mobilização política.
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