Metropolitano de Lisboa disponível para negociar reivindicações dos trabalhadores

Os trabalhadores exigem o pagamento de trabalho suplementar e feriados e o cumprimento do Acordo de Empresa — nas condições de trabalho, progressão das carreiras e redução do horário.

Foto
Os trabalhadores estiveram esta quarta-feira em greve, encerrando a circulação entre as 6h30 e as 10h Daniel Rocha
Ouça este artigo
00:00
02:21

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Metropolitano de Lisboa manifestou-se disponível para negociar, com as organizações sindicais, as reivindicações dos trabalhadores que estiveram esta quarta-feira, 5 de Novembro, em greve, encerrando a circulação entre as 6h30 e as 10h.

"A administração do Metropolitano de Lisboa mantém toda a disponibilidade materializada nas mais de 15 reuniões formais já realizadas em 2024 com as organizações sindicais para prosseguir todos os processos negociais em curso", escreve a empresa em comunicado.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumpriram esta quarta-feira uma greve parcial, entre as 6h30 e as 10h, devido aos "incumprimentos sucessivos" da transportadora quanto a pagamentos e ao Acordo de Empresa.

Em declarações à Lusa na terça-feira, a representante sindical Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que os trabalhadores exigem o pagamento das denominadas variáveis (trabalho suplementar e feriados) e o cumprimento do Acordo de Empresa.

Relativamente aos incumprimentos do Acordo de Empresa, o sindicato aponta questões como as condições de trabalho, a progressão das carreiras e a redução do horário de trabalho.

Em relação ao pagamento das variáveis, o Metropolitano de Lisboa explica, em comunicado, que a questão encontra-se em "apreciação pelos tribunais competentes", depois de as nove decisões já proferidas entre os 31 processos apresentados pelos trabalhadores não terem sido consensuais.

"A empresa não pode tomar decisões que competem aos tribunais, aguardando, portanto, o desenvolvimento de jurisprudência que permita actuar de forma segura e legítima", acrescenta.

Quanto ao regulamento de carreiras, o Metropolitano de Lisboa sublinha a disponibilidade da Administração para prosseguir as negociações com as organizações sindicais que representam os trabalhadores.

Estão em cima da mesa questões como regulamento de carreiras e diminuição do horário máximo de trabalho para 37,5 horas semanais. "Certamente será possível (...) encontrar as plataformas de entendimento necessárias à continuidade da melhoria diária do serviço público prestado aos nossos clientes", conclui o comunicado.

De acordo com o balanço da Fectrans, a greve desta quarta-feira teve uma adesão a rondar os 85% a 90%, levando ao encerramento de todas as estações entre as 6h30 e as 10h.

No dia 14 de Novembro, os trabalhadores voltam a estar em greve entre as 5h e as 10h.