Marcelo fala de “evolução positiva” do estado de saúde do motorista da Carris ferido

O Presidente da República garante que tem acompanhado a evolução do estado de saúde do motorista que sofreu queimaduras graves na sequência do ataque do autocarro da Carris, em Loures.

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Um dos autocarros incendiados consequência dos tumultos na Área Metropolitana de Lisboa Nuno Ferreira Santos
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O Presidente da República falou com a mãe do motorista da Carris que ficou ferido na semana passada em Loures, depois de o autocarro que conduzia ter sido incendiado, e confirmou a "evolução positiva" do seu estado de saúde. Numa nota publicada no site da Presidência da República lê-se que Marcelo Rebelo de Sousa "confirmou ontem [sexta-feira] à noite, com a mãe de Tiago, motorista da Carris Metropolitana vítima do ataque ao autocarro que conduzia e que foi incendiado, a evolução positiva do seu estado de saúde".

Na nota é acrescentado que o chefe de Estado "tem vindo a acompanhar" o estado de saúde do motorista, "respeitando as restrições próprias da hospitalização, desde o primeiro momento".

Os distúrbios ocorridos na semana passada em vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa foram desencadeados após a morte do cabo-verdiano Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, que foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de Outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.

Os tumultos tiveram início no Zambujal e estenderam-se depois a outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, tendo sido incendiado na madrugada de 24 Outubro um autocarro da Carris Metropolitana, em Santo António dos Cavaleiros, em Loures.

O autocarro já estava sem passageiros quando se deu o incidente, mas o motorista que ainda estava no interior sofreu "queimaduras graves na face, tórax e membros superiores", segundo adiantou, na altura, a PSP.

Na sexta-feira, o Presidente da República esteve no bairro do Zambujal, na Amadora, onde visitou a esquadra da PSP e conversou com familiares de Odair Moniz, tendo estado posteriormente no Bairro da Cova da Moura. Ambas as visitas não constavam da agenda oficial do chefe de Estado divulgada à comunicação social.