Notícia de um compromisso cívico

O Público na Escola tem um propósito: fazer com que, ao serem jornalistas, os nossos jovens entendam o papel do jornalismo numa sociedade aberta.

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A literacia para os media teve finalmente direito a um plano nacional em 2023 e, já este ano, o Governo incluiu no seu programa de apoio ao jornalismo a promoção da “literacia mediática nas escolas”. A proliferação das fake news, a abundância de campanhas organizadas de desinformação e a absoluta falta de regras das redes sociais, saber distinguir factos da opinião, ou a informação de fontes credíveis da que se espalha pelos trolls na internet tornou-se um tema incontornável nas prioridades da educação. O que está em causa é muito mais do que a defesa do jornalismo: é a preservação de um modelo de sociedade no qual a liberdade de expressão se exerce num quadro de responsabilidade, no qual as opiniões livres se fundamentam nos factos, na procura da verdade, não nas insídias do extremismo sectário ou nos propósitos de interesses obscuros.

O PÚBLICO bate-se desde a sua fundação por levar aos alunos das nossas escolas essa exigência, essa obrigação e essa responsabilidade. Ler jornais é crucial para que todos possam estar a par dos acontecimentos que moldam o interesse comum. Lê-los criticamente é indispensável para o exercício da cidadania informada, participativa e consciente. Ao dar formação aos professores, ao sugerir-lhes planos de aula a partir de notícias, ao acompanhá-los na criação ou dinamização de jornais escolares, o Público na Escola tem um propósito: fazer com que, ao serem jornalistas, os nossos jovens entendam o papel do jornalismo numa sociedade aberta.

Com esta estratégia, criámos ano após ano laços com centenas de docentes e mobilizámos milhares de alunos em torno desta missão. Não olhámos a meios para os motivar e envolver. E orgulhamo-nos dos resultados. Na quantidade e qualidade de jornais que nasceram e cresceram connosco, na cumplicidade que mantivemos com os professores, no reconhecimento que instâncias como a Rede de Bibliotecas Escolares ou o Plano Nacional das Artes nos manifestam. E, fundamentalmente, no entusiasmo que sentimos nos jovens jornalistas.

Sendo um projecto de pura responsabilidade social, não podemos também deixar de enaltecer o apoio dos nossos parceiros: Ministério da Educação, Fundação Belmiro de Azevedo e BPI-Fundação “la Caixa”. Para eles, como para nós, o Público na Escola é um compromisso com a cidadania.

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