Os trabalhadores esquecidos do SNS também salvam vidas
Auxiliares de saúde falam num “trabalho invisível” para quem está fora dos hospitais, mas essencial para fazer a máquina andar. IGAS investiga integração na carreira especial destes profissionais.
Olhar meigo e os gestos seguros próprios de quem há muito faz a mesma coisa, Goretti Santos ganha todos os meses não mais do que 869 euros brutos, ao fim de 24 anos a trabalhar como técnica auxiliar de saúde. E, tal como ela, os cerca de 24 mil profissionais que auxiliam médicos e enfermeiros nos cuidados quotidianos aos doentes. Estes profissionais (que já foram auxiliares de acção médica, assistentes operacionais e foram recentemente rebaptizados como técnicos auxiliares de saúde) representam 20% dos profissionais ao serviço do SNS, mas raramente surgem como protagonistas nas negociações tidas nos gabinetes do número 9 da Avenida João Crisóstomo, em Lisboa, onde funciona o Ministério da Saúde. E, no entanto, sem o seu trabalho invisível os hospitais entrariam em colapso. São eles que higienizam os espaços, que ajudam na tarefa de dar banho aos doentes e, muitas vezes, lhes seguram as mãos para garantir que dormem.
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