Teresa Veiga etérea e real: existe nas palavras que escreve

Dez livros em 43 anos e uma reserva que alimenta a mitologia. Volta com Vermelho Delicado, volume de contos onde permanece a aura de mistério. O seu modo de ser privado é outra história.

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A única fotografia “oficial” da escritora, de 1981, por ela cedida ao Ípsilon cortesia teresa veiga
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Lemos: “um pequeno mistério (...) cresce sempre na orla da sombra de outros maiores”. A ideia, plasmada em Carlota, a louca, penúltimo conto do volume Vermelho Delicado, podia muito bem aplicar-se ao conjunto da obra de Teresa Veiga. Nela, o mistério é nuclear e apresenta-se através de uma espécie de constelação de pequenas partículas avulsas no quotidiano que indiciam um enigma – ou, simplesmente, tem como intenção sublinhar a parte ínfima, a pista para abismos maiores, que muitas vezes nem tem a intenção de deslindar.

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