As “convicções” de Pedro Nuno Santos

Se a apologia da intransigência feita pelo líder do PS se tornar regra, o país não terá nem este Orçamento nem os próximos. A ingovernabilidade ficará garantida.

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No seu primeiro impacte, o juramento de Pedro Nuno Santos em favor das “convicções” em detrimento de vitórias eleitorais promove uma biografia grandiosa. Num tempo de políticos de plástico, na era do medo às fúrias das redes sociais ou dos julgamentos da opinião publicada, um acto assim tão claro e aberto sugere determinação, princípios e clareza de pensamento. O Pedro Nuno Santos que prometeu pôr as pernas dos banqueiros alemães a tremer com medo de perderem os seus empréstimos a Portugal, o que se impacientou com a indecisão sobre o novo aeroporto, o que falou grosso para meter na ordem os accionistas da TAP ou fez uma obra preciosa e rara na transformação de sucata em carruagens para a CP não mudou. Ele é o que é e o que diz ser. Obedece a uma cartilha que colecciona grandes proclamações de princípio para separar a esquerda da direita, como quem distingue as virtudes dos vícios.

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