Crédito à habitação sobe 20% em Agosto para máximo desde Março de 2022

Descida das taxas de juro ajuda a explicar crescimento de 47% em termos homólogos. Crédito ao consumo diminuiu.

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Concessão de crédito aumentou significativamente em Agosto Manuel Roberto
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O montante de crédito à habitação contratado em Agosto ascendeu a 1545 milhões de euros, mais 20% ou 258 milhões de euros do que em Julho, e o valor mais elevado desde Março de 2022, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Face ao mesmo mês do ano passado, o crescimento atinge uns impressionantes 47%.

A taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,13 pontos percentuais, fixando-se em 3,43%.

“No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação diminuiu 0,01 pontos percentuais (uma diminuição inferior à verificada em Portugal), fixando-se em 3,69%”, destaca o BdP, acrescentando que o país “apresentou a sexta taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro”.

A queda das taxas Euribor tem, seguramente, um impacto no aumento do crédito à habitação, desde logo porque permite um acréscimo do montante a que cada particular pode aceder em função do seu rendimento ou taxa de esforço. O elevado valor das novas rendas de casa também está a “empurrar” muitos particulares para a compra de habitação.

A totalidade de novas operações de crédito a particulares, em que se incluem os novos empréstimos à habitação e as renegociações, e ainda o crédito ao consumo, ascendeu a 2647 milhões de euros, mais nove milhões do que em Julho.

Nas renegociações de créditos à habitação e ao consumo, verificou-se uma diminuição de 150 milhões de euros face a Julho, para 433 milhões de euros. Deste “bolo”, 400 milhões de euros envolveram crédito à habitação e o restante crédito ao consumo. E nestas operações também se verificou uma queda da taxa de juro, de 0,16 pontos percentuais, para 3,93%.

Em sentido contrário ao da habitação, o novo crédito ao consumo diminuiu 46 milhões de euros, para 471 milhões, e a taxa de juro média passou de 9,57%, em Julho, para 9,64% em Agosto.

Na finalidade para outros fins, o montante também recuou, em 53 milhões de euros, para 198 milhões e a taxa de juro média recuou 0,13 pontos percentuais, para 4,80%.

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