E se a repetição das eleições for libertadora?

Pedro Nuno Santos parece querer libertar-se do fardo de ser corresponsável pela governação da AD. Perder com um resultado semelhante ao de há seis meses possibilita a reconstrução do PS.

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De acordo com os estudos de opinião, “os portugueses não querem eleições” (na verdade, nunca querem); o essencial do comentariado está alinhado com esta posição; a um ano de autárquicas, os eleitos locais dispensavam o incómodo; e os parceiros sociais desejam alguma estabilidade, que, aliás, verteram num acordo de concertação com o horizonte da legislatura. Este tem sido o posicionamento dominante face ao prolongado jogo de sombras que nos acompanha há seis meses. No entanto, pode bem haver outra versão para a mesma história. Uma versão na qual se assiste a uma convergência de interesses contraditórios que leva a que, para muitos, a repetição de eleições possa ser libertadora, até mesmo catártica. Vejamos.

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